RH Digital: um guia para gerenciar a força de trabalho online
Gestão de RH | 16 de abril de 2021
O mundo ainda enfrenta uma das mais graves crises de saúde pública da história. E a forma com que as empresas responderam à pandemia resultou em uma transformação profunda no relacionamento entre as próprias empresas e seus funcionários e, principalmente, com o local de trabalho.
O trabalho remoto se tornou o novo normal, ou pelo menos se tornou uma opção viável, para a maioria das companhias que tiveram que correr para se adaptar. Apesar disso, a modalidade exige um novo modelo operacional, muito mais digital. O que antes era apenas uma tendência, como automação e a digitalização, hoje se tornou essencial para a sobrevivência das empresas.
Crises servem como um lembrete de que mudanças sempre vão acontecer, umas mais rápidas que as outras, principalmente em relação a tecnologias inovadoras. E as empresas precisam estar preparadas para se reinventar e lidar com um novo ambiente e, principalmente, apoiarem seus funcionários em tempos de incertezas.
Por trás desse novo normal está a adoção de novas estratégias que permitem o trabalho remoto e o melhor gerenciamento da força de trabalho e metas. Estudo da EY mostra que 41% das empresas estão acelerando a implementação de novas tecnologias como resposta à COVID-19.
Mas qual o papel do RH nessa transformação?
É fundamental que a área de RH analise o real impacto da pandemia nas operações e metas da empresa, identificando problemas com a gestão de funcionários e buscando soluções rápidas.
De acordo com o Gartner, 48% dos trabalhadores continuarão trabalhando remotamente após o final da pandemia, contra 30% antes da COVID-19. Conforme essa mudança se intensifica, é necessário que o RH explore as competências que esses funcionários devem desenvolver para um trabalho mais digital e se prepare para transformar sua estratégia de gestão de forma que melhore a experiência desse funcionário. Metas de desempenho precisam ser adaptadas e avaliações precisam ser revistas para que consigam atender a um novo contexto.
Se até o início da pandemia, o foco era monitorar a produtividade, com o crescimento do trabalho remoto, outros fatores também precisam ser levados em conta, como o engajamento e o bem-estar do funcionário, e as ferramentas de gestão da força de trabalho precisam estar preparadas para acompanhar essa tendência.
Dessa forma, a empresa também passa a funcionar como uma rede de proteção social, com o RH desempenhando um papel que vai além de apenas gerenciar a força de trabalho, mas cuidar, também, do bem-estar físico, mental e até financeiro dos funcionários. Analisar essas métricas, que rastreiam como os funcionários trabalham, colaboram e se sentem, geram insights que podem melhorar o engajamento, a motivação e, assim, o próprio negócio.
Abraçando a transformação digital
A COVID-19 está se tornando um teste de resistência para o RH. Se a pandemia trouxe uma nova realidade para a gestão da força de trabalho, por outro lado ela também está alavancando a inovação no setor, com ferramentas mais fáceis e intuitivas e acessíveis em qualquer local ou hora. Para a Deloitte, isso é essencial para a continuidade dos negócios, e para o funcionário isso significa uma conexão mais profunda entre trabalho e vida pessoal.
Entretanto, a crise também deixou mais evidente a falta de integração entre os diversos sistemas internos da empresa, exigindo das empresas quem invistam rapidamente na implementação de uma estratégia de transformação digital, e isso pode ser um grande desafio, pois exige uma mudança cultural, antes de uma realizar a mudança tecnológica.
É preciso deixar claro que a transformação não é apenas relacionada com o uso de novas tecnologias, mas em como essas tecnologias podem facilitar o trabalho e podem apoiar o funcionário remoto. Em momentos de crise, é essencial que o funcionário esteja no centro da transformação, e a igitalização é fundamental para melhorar a colaboração entre os funcionários e a produtividade, além de melhorar a eficiência do setor de RH.