Como identificar e corrigir distorções salariais na sua empresa
Gestão de RH | 17 de setembro de 2025

Você já parou para pensar em como pequenas diferenças salariais podem se transformar em um grande problema dentro da sua empresa? Pois é. As chamadas distorções salariais não são apenas injustas, elas afetam diretamente o clima organizacional, a motivação dos colaboradores e até mesmo a imagem da empresa no mercado.
E mais: a legislação brasileira evoluiu e está cada vez mais rigorosa em relação à igualdade salarial. Além disso, há um movimento global de transparência salarial, que já se espalha pela Europa e pelos Estados Unidos, e que começa a ganhar força também aqui no Brasil.
Mas afinal, como identificar essas distorções? E, mais importante ainda, como corrigi-las de maneira estratégica, evitando riscos trabalhistas e fortalecendo a cultura da empresa? É exatamente isso que vamos discutir neste artigo.
Boa leitura!
O que são distorções salariais?
De forma simples, distorções salariais são diferenças injustificadas na remuneração de colaboradores que desempenham funções semelhantes ou equivalentes dentro de uma organização.
Essas diferenças podem ter várias origens:
- Falta de critérios claros na definição de cargos e salários.
- Práticas antigas que nunca foram revisadas.
- Falhas no controle e na gestão do capital humano.
E aqui está um ponto importante de citar. Nem toda diferença salarial é uma distorção. Quando há critérios claros de performance, competências ou responsabilidades adicionais, a variação é legítima. O problema está quando não existe justificativa técnica ou política de remuneração estruturada.
Impactos das distorções salariais na empresa
A desigualdade salarial é um dos fatores que mais impactam a equidade de gênero e raça no mercado de trabalho, criando barreiras para o crescimento de mulheres e pessoas negras, por exemplo.
Esses impactos se traduzem em:
- Desmotivação e queda de produtividade: colaboradores percebem quando não há equidade.
- Maior rotatividade: talentos migram para empresas que oferecem reconhecimento justo.
- Clima organizacional prejudicado: sensação de injustiça mina a confiança interna.
- Risco jurídico e financeiro: passivos trabalhistas podem gerar multas pesadas.
No Brasil, a diferença salarial entre homens e mulheres ainda é significativa. E quando adicionamos o recorte racial, a disparidade é ainda maior. Isso mostra que as distorções salariais não são apenas um problema de gestão, são também um reflexo de questões sociais profundas e que precisam ser discutidas.
Como identificar distorções salariais?
Detectar essas falhas exige método. Não basta “sentir” que algo está errado. É preciso ter dados, critérios e ferramentas. Algumas práticas essenciais incluem:
- Auditorias salariais periódicas
- Empresas precisam implementar auditorias internas, avaliando cargos semelhantes e verificando se as diferenças estão justificadas.
- Relatórios de transparência
- A nova legislação brasileira obriga empresas com mais de 100 funcionários a publicarem relatórios semestrais de igualdade salarial. Esses relatórios ajudam a dar visibilidade a possíveis distorções.
- Classificação de cargos por complexidade
- Segmentar famílias de cargos em diferentes níveis de complexidade é o primeiro passo para dar clareza às trilhas de carreira e às políticas salariais.
- Uso de indicadores oficiais
- Comparar salários internos com pesquisas de mercado evita discrepâncias que fogem da realidade.
- Escuta ativa dos colaboradores
- Canais de denúncia ou pesquisas internas podem revelar casos que não aparecem nos números, mas que fazem parte da percepção da equipe.
Medidas para corrigir distorções salariais
Uma vez identificadas, é hora de agir. Mas como corrigir?
- Revisão da política de cargos e salários
- O primeiro passo é estruturar (ou atualizar) uma política formal, baseada em critérios objetivos de desempenho, responsabilidades e competências.
- Planos de ação imediatos
- Medidas como revisão das tabelas salariais, alinhamento de faixas e criação de processos padronizados de promoção são recomendados assim que os desajustes são identificados.
- Conscientização das lideranças
- O grande desafio não está apenas nos números, mas em mudar a mentalidade das lideranças. É preciso priorizar critérios técnicos, evitando que afinidades pessoais interfiram na equidade.
- Programas de diversidade e inclusão
- Distorções salariais também refletem desigualdades estruturais. Políticas de equidade de gênero e raça são fundamentais para reduzir as lacunas.
- Treinamento em RH estratégico
- Capacitar gestores para interpretar indicadores e agir de forma alinhada às políticas internas evita retrocessos.
Papel da transparência salarial
Transparência não é modismo, é tendência global e já existem leis de transparência salarial em 32 países da União Europeia e em 12 estados dos EUA.
No Brasil, a Lei nº 14.611/23 reforça a obrigatoriedade de igualdade salarial entre pessoas de quaisquer gêneros, raças ou etnias que desempenhem a mesma função.
Ou seja, esse tipo de preocupação não é mais opção. Empresas precisam se preparar para divulgar faixas salariais, critérios de promoção e relatórios de equidade. E aquelas que saírem na frente não apenas evitarão multas, mas também ganharão vantagem competitiva em atração e retenção de talentos.
Tecnologia como aliada na equidade salarial
O desafio é grande, mas aqui entra a tecnologia pode (e deve) ser a principal aliada.
Softwares de gestão de pessoas permitem analisar dados salariais em tempo real, identificar variações injustificadas e simular ajustes de forma estratégica. Isso reduz erros humanos e aumenta a confiabilidade do processo.
É nesse ponto que a Apdata se destaca como uma HR Tech global completa, oferecendo soluções para empresas que querem transformar sua gestão de pessoas.
O diferencial do módulo Cargos e Salários da Apdata
Entre as soluções da Apdata, o módulo Cargos e Salários é um divisor de águas para quem busca identificar e corrigir distorções salariais.
Isso porque, ele oferece:
- Visualização das distorções salariais existentes na organização.
- Gestão das variações salariais integradas às avaliações de competências e objetivos.
- Transparência total no processo de contratação e promoção.
- Controle completo das descrições e manutenções de cargos, com histórico de revisões.
- Apuração do GAP entre cargo, salário e contratado, com indicadores oficiais.
- Flexibilidade para diversos métodos de política salarial (Hay, Pontos, Maturidade etc.).
- Simulações de ajustes salariais (coletivos, escalonados ou automáticos).
- Promoções automáticas com fluxo de aprovação definido.
Em outras palavras, o módulo dá às empresas o que elas mais precisam nesse contexto todo: segurança, clareza e controle estratégico.
Conclusão: corrigi-las é mais do que justiça, é estratégia
As distorções salariais representam um risco direto para a competitividade e a sustentabilidade de qualquer negócio.
Ignorar o tema pode significar perda de talentos, conflitos internos, multas e uma imagem corporativa manchada. Por outro lado, enfrentar o problema com seriedade e estratégia é construir uma empresa mais justa, inovadora e preparada para o futuro.
E você não precisa enfrentar esse desafio sozinho. A Apdata, com sua expertise global em RH e soluções tecnológicas completas, oferece o módulo Cargos e Salários justamente para apoiar empresas que querem transformar a gestão de remuneração em vantagem competitiva.
Quer saber como a sua empresa pode corrigir distorções salariais de forma inteligente e estratégica? Descubra o módulo de Cargos e Salários da Apdata e veja como podemos ajudar você a construir um RH mais justo, transparente e preparado para os desafios do futuro.
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