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Como o RH pode apoiar a Transformação Ágil?

Gestão de RH | 01 de maio de 2020

Todo gestor de empresa já deve ter ouvido a frase “mude ou morra”. De forma sucinta, ela explica que organizações que se negarem a inovar ficarão no passado. Em outras palavras, elas precisam garantir processos internos mais ágeis, desenvolver produtos e serviços que satisfaçam seus clientes e diminuir o tempo de entrega.

 

Foi por isso que muitas companhias começaram a investir na transformação ágil nos seus setores de Tecnologia da Informação (TI). Porém, manter essa ação puramente no departamento tecnológico não é sustentável.

 

Ao analisar os processos integrados de uma empresa, elas precisam perceber que, se o colaborador é o elemento mais importante para a Transformação Ágil, ele também pode ser seu maior obstáculo.

 

Educar e capacitar os funcionários e líderes da organização é um trabalho fundamental para aumentar a agilidade e, por isso, o RH tem sido cada vez mais demandado a promover as mudanças necessárias em todos os departamentos e níveis.

 

Adaptações na cultura organizacional

 

Já falamos bastante que a função do profissional do RH é cada vez mais estratégica para as empresas. O setor deixou de ser suporte e agora é um facilitador da transformação ágil junto aos executivos. Muitas empresas inclusive começaram esse processo dentro do próprio RH – servindo de espelho para outros setores.

 

Algumas formas de garantir que o processo se desenvolva com sucesso são:

 

– Promover mudanças efetivas na cultura e no ambiente de trabalho;

– Atuar na contratação e retenção de talentos cuja o perfil seja mais aderente a processos ágeis;

– Focar mais em tarefas coletivas do que em aspectos individuais;

– Contratar e formar profissionais T-shaped, isto é, aqueles que têm conhecimento técnico, aptidões generalistas e soft skills (habilidades de relacionamento interpessoal);

– Modificar, na medida do possível, a hierarquia fixa para uma estrutura flexível e baseada em times;

– Valorizar o profissional pela sua capacidade de mudança e similaridades com a cultura da empresa.

 

Conhecimento técnico

 

A promoção de competências e de conhecimento técnico é tão importante quanto a manutenção de uma cultura organizacional que sustente os processos de mudança.

 

Assim, é fundamental que o RH capacite as lideranças, que são os pontos de apoio e de propagação da transformação ágil. Afinal, o estilo de liderança tem um impacto muito forte na identidade do ambiente de trabalho, influenciando significativamente nas relações dos colaboradores.

 

Além disso, o RH deve identificar as habilidades que se destacam nos funcionários e promover estratégias que estimulem a formação do profissional T-shaped. Às equipes, é essencial que os integrantes se completem e trabalhem de forma integrada, tirando o melhor proveito das habilidades de cada um. Pensando nisso, o RH deve tanto incentivar o aprendizado constante dos colaboradores quanto praticar uma política de contratação que realce a busca por talentos ágeis.

 

Acompanhamento e avaliação constante

 

Não há processo efetivo e sustentável de mudança se não houver acompanhamento constante para recalibrar as metas. Assim, é também função do RH promover metodologias de avaliação e mensuração dos resultados promovidos pela Transformação Ágil.

 

Porém, lembre-se que o foco deve ser nas equipes e nos produtos acabados. Sem contar que uma cultura de feedbacks rápidos é outra ferramenta cujos impactos são significativos.

 

Todas essas são grandes mudanças para a empresa, o que torna ainda mais importante a participação do RH tanto na implementação quanto nas avaliações. Quando bem analisados e utilizados, esses indicadores permitem visualizar se há “rachaduras” que podem destruir ou prejudicar o processo de transformação ágil.

 

O que esperar?

 

Entre os benefícios que a transformação ágil deve trazer para o negócio estão a entrega mais rápida de produtos e projetos, maior eficiência devido às práticas simplificadas e maior valor na entrega final graças à transparência empregada durante o processo.

 

Já o RH terá inúmeros ganhos extras: Maior comprometimento dos colaboradores com as metas, melhoria do clima organizacional e maior recrutamento e retenção de talentos, para citar apenas alguns. É por isso que departamento de Recursos Humanos deve guiar esse processo.