Do home office à produtividade: cinco impactos da pandemia no RH
Gestão de RH | 04 de junho de 2020
Desde que chegou, o coronavírus tem provocado mudanças profundas que deverão permanecer por décadas.
Assim, enquanto a sociedade passa por um momento de introspecção e retomada de valores, as empresas tentam encontrar novas formas de trabalhar e apoiar seus colaboradores.
Da mesma forma o Recursos Humanos está sentindo os impactos, que deverão permanecer por muito tempo. Quais são eles?
Trabalho remoto
Graças às tecnologias modernas, muitos dos negócios chamados de não-essenciais puderam continuar atuando em seus mercados por meio do trabalho remoto durante a crise do coronavírus.
Assim, diversos gestores foram obrigados a encarar o home office como alternativa de manter a organização ativa, mesmo que no passado tenham sido contrários a essa metodologia de trabalho.
Muitos funcionários estão aprendendo uma nova forma de trabalhar e de ser produtivos, enquanto outros passaram a valorizar ainda mais a antiga rotina de sair de casa para ir ao escritório e aos clientes.
Redefinição de cultura organizacional
Com o distanciamento e isolamento social, o RH tem a oportunidade de mensurar o quão forte e presente se faz a cultura organizacional na rotina de seus colaboradores.
Afinal, é muito mais fácil que o funcionário entenda a mensagem e se identifique quando está em um espaço físico controlado pela empresa. É importante aproveitar esse momento para realizar um diagnóstico e planejar mudanças na forma como a organização se relaciona com os trabalhadores.
Assim, alguns questionamentos podem ser feitos, como:
– Será que aqueles que estão trabalhando de suas casas continuam se sentindo parte da organização?
– Será que estão se sentindo cuidados pelo empregador?
– Será que estão conseguindo separar a vida pessoal da profissional mesmo trabalhando de casa?
Fuga de talentos
Sabe-se que a aquisição e retenção de talentos é um dos trabalhos mais difíceis e importantes do Recursos Humanos. Porém, o cenário causado pelo coronavírus tende a aumentar a pressão.
A primeira ameaça é com relação ao corte de pessoal, afinal muitas empresas, principalmente do setor de turismo, entretenimento e bens de consumo, estão tendo que reduzir custos e, com isso, demitir pessoas importantes para a organização.
Outro grande impacto é com relação ao processo de recrutamento que, em algumas indústrias, teve de ser congelado. Dessa forma o RH deve ter em mãos uma estratégia de retomada de contratações e retenção para o momento pós crise.
Engajamento do funcionário
Promover e manter o engajamento das equipes é outro grande desafio presente no cotidiano do Recursos Humanos. Porém, com o isolamento causado pela pandemia do coronavírus, ele se torna ainda mais difícil e deve permanecer assim por um bom tempo.
Afinal, todos estão assustados com o cenário mundial e sendo afetados psicologicamente. Trata-se de um período de incerteza e, principalmente, de reversão de valores, o que terá impacto na rotina de todos após o fim da pandemia. Portanto, conhecer as novas preocupações do colaborador e como lidar com elas será um desafio para o RH.
Flexibilização da rotina de trabalho
São muitas as empresas que nos últimos anos passaram a usar a flexibilidade de horário como atrativo de RH, mas nem todas realmente colocavam em prática.
Porém, após o cenário de isolamento a perspectiva é de que haja mais cobrança por parte dos colaboradores. Afinal, muitos estão revendo certos valores que estavam esquecidos, como a saúde mental, física e a relação familiar.
As pessoas vão querer estar mais disponíveis para amigos e parentes, de forma que a flexibilização de horário será um ponto de muita importância no engajamento e retenção de talentos.
Por fim, vale a pena analisar com calma cada um desses impactos e, junto da direção da empresa, traçar planos estratégicos de posicionamento frente ao público interno. Afinal, quanto mais alinhada estiver às expectativas e desejos do colaborador, maior será o sucesso da organização.