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O que é a Experiência do Empregado?

Gestão de RH | 14 de abril de 2020

Podemos definir Experiência do Empregado (EX, do inglês Employee Experience) como as observações e percepções de um colaborador a respeito da organização, frequentemente influenciada pelo espaço físico, equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal e o uso de metodologias e tecnologias que aumentam a produtividade.

 

Hoje, quando analisamos as estratégias de RH das maiores empresas do mercado global, encontramos grandes investimentos na criação de funções e departamentos dedicados à melhoria da experiência do funcionário. Isso mostra que a importância de EX está sendo notada e que as organizações que mais investem nessa área são as que permanecerão com os melhores talentos.

 

Impactos da experiência do empregado

 

Temos batido fortemente na tecla de que não há mudança – seja ela tecnológica ou não – sem haver valorização das pessoas. Portanto, qualquer empresa que queira construir um negócio próspero e ter força de trabalho de qualidade e consumidores satisfeitos, deve primeiro focar nos colaboradores.

 

Afinal, as percepções e experiências do empregado afetam todos os processos da organização, de forma que um funcionário satisfeito é também mais resiliente, engajado e comprometido com seu trabalho.

 

Da mesma forma, o colaborador satisfeito é mais propenso a replicar e compartilhar coisas boas com os outros funcionários – e até mesmo fora do escritório. Assim como o Recursos Humanos analisa cuidadosamente os candidatos para uma vaga, eles também pesquisam sobre a empresa.

 

Portanto, o depoimento de um funcionário descontente em redes sociais ou fóruns, por exemplo, pode afastar permanentemente candidatos preciosos.

 

A cultura organizacional

 

A Experiência do Empregado depende totalmente de uma cultura organizacional que valorize a resiliência e que forneça suporte para o desenvolvimento do funcionário.

 

Nesse aspecto é fundamental entrevistar e conversar com colaboradores de todos os níveis e setores e confrontar alguns depoimentos. Por exemplo, quais são as semelhanças e diferenças entre as avaliações de um funcionário de longa data e as de um recém contratado?

 

Outros públicos também devem ter suas opiniões consideradas, como ex-funcionários, candidatos que rejeitaram a vaga ou que não foram convocados. É importante que o RH consiga analisar o cenário com base em diversas perspectivas. É dessa forma que se constrói um planejamento estratégico em qualquer área de negócio.

 

De forma geral, as informações adquiridas na pesquisa devem buscar responder questões como estas:

 

– O que leva o colaborador a optar por trabalhar em sua empresa?

 

– Quão efetivo é o seu processo de onboarding?

 

– Que mudanças o funcionário sentiu conforme a empresa foi crescendo?

 

– Quais processos do dia a dia são exaustivos e ineficientes?

 

– Quais métodos de liderança têm resultado em equipes mais engajadas e produtivas?

 

Criando uma estratégia

 

Depois de coletar e organizar as informações, é hora de pensar em formas de agir. O RH pode convidar o setor de comunicação interna para que, a partir dos resultados obtidos, sejam criadas personas (personagens fictícios) que representem os diferentes tipos de colaboradores.

 

Ao longo de todo o processo de criação de planejamento e implementação, é preciso que haja um canal de relacionamento transparente entre empresa e colaborador. Isso significa que os funcionários devem se sentir confortáveis em dar feedbacks sobre as ações que não lhes atendem, bem como o RH precisa manter uma análise contínua sobre as experiências e impressões dos colaboradores.