Retenção de Talentos: o grande desafio atual dos RHs
Gestão de RH | 20 de março de 2020
O que importa mais: recrutamento ou retenção? Essa resposta não é difícil: com o “apagão” de talentos no mercado brasileiro, tem sido mais importante pensar em estratégias de engajamento e retenção de funcionários.
O Brasil vive um paradoxo de empregabilidade: apesar de uma taxa de desemprego alta (11.8%), vários setores têm dificuldades em contratar. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicada no mês passado diz que há escassez de funcionários de nível técnico, demanda que engloba 90% das indústrias e 82% das empresas de vendas e marketing, sem contar setores administrativos (81%), gerenciais (75%) e de pesquisa e desenvolvimento (74%).
Se esses dados já não são suficientes, elaboramos uma lista com outros motivos que demonstram o desafio atual dos RHs: reter talentos.
Concorrência acirrada
Como existe uma disputa por talentos qualificados, a reposição de um cargo se torna tarefa quase impossível para as empresas. Em um mercado competitivo, atrair candidatos qualificados é muito mais difícil e caro, o que faz coro à importância de reter os bons funcionários que já estão no quadro da sua organização.
Substituir um funcionário é caro
Não apenas atrair para cargos novos, mas encontrar alguém que substitua um profissional com excelente trajetória também custa muito caro. As estimativas para o preço da rotatividade variam bastante, mas a revista estadunidense Forbes estima que, no caso dos Estados Unidos, para contratar uma nova pessoa o custo gira em torno de 50% do seu salário anual. Já os gastos com reposição são ainda mais alto para cargos de nível médio (125% do salário anual) e funções executivas sêniores (pelo menos 200% do salário anual).
A mudança sempre implica na perda da produtividade
Para além dos gastos, há também o trabalho que a empresa precisará ter para treinar seu novo funcionário, respeitando o tempo que ele precisará passar pela adaptação, pelo conhecimento da cultura organizacional, etc. Embora o recrutamento seja parte essencial dessa equação – uma das grandes causas da alta rotatividade é contratar errado –, o foco em estratégias de retenção é uma alternativa para não entrar nesse ciclo.
Como a tecnologia pode apoiar essa estratégia?
A digitalização de processos em RH e a Transformação Digital podem apoiar uma estratégia de retenção de talentos. Com elas, a comunicação com os funcionários fica mais fluida, os processos necessários para uma promoção são melhor explicitados e as tarefas cotidianas são organizadas de forma a economizar tempo e trabalho das pessoas.
Atividades tradicionais podem ser simplificadas ou totalmente automatizadas pelo uso da tecnologia em RH. Uma série de pesquisas feitas nos últimos anos mostram como os brasileiros estão entre os profissionais mais insatisfeitos do mundo: recentemente, uma consultoria internacional comparou pessoas em empresas do Brasil, do México e da Argentina, e concluiu que as que trabalhavam no nosso país eram as mais infelizes. O motivo? Falta de oportunidades na carreira. Há dois anos, um estudo do Instituto Locomotiva mostrou que 56% dos empregados formais se declaravam insatisfeitos (o que representava 18 milhões de pessoas).
A Transformação Digital é uma maneira de fornecer aos funcionários as ferramentas e o treinamento que precisam para gerar tempo e eficiência, mantendo-os mais engajados no trabalho. Proporcionar aos funcionários uma experiência personalizada tornou-se a pedra angular do engajamento e da retenção a longo prazo.
Diante de todos esses desafios, ferramentas de Recursos Humanos podem oferecer soluções, criando o ambiente tecnológico necessário para a organização criar sua própria estratégia.
Mais do que isso, fornecedores de tecnologia precisam estar preparados para mudanças rápidas e flexibilizações que sejam pertinentes à jornada do funcionário. Hoje, o seu RH está preparado para lidar com esses desafios? Você está se apoiando na tecnologia? O seu fornecedor está pronto para abraçar uma mentalidade ágil? Se a sua resposta para a maioria das perguntas é “não”, está na hora de repensar a sua estratégia.