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Até onde vai a automação em Recursos Humanos?

Tecnologia e Inovação | 20 de fevereiro de 2020

Automação em RH não é um assunto novo: na verdade, isso já acontece em vários processos dentro da área, o que ajudou, inclusive, a alçar o RH para um contexto mais estratégico dentro da organização.

 

Dois grandes processos em RH tiveram um grande nível de automação nos últimos cinco anos: a folha de pagamento e a função de autosserviço para funcionários. A folha de pagamento livrou o RH de um trabalho manual e de eventuais erros que poderiam, inclusive, penalizar a organização. Hoje, existem ferramentas de cálculo de folha de pagamento que permitem a realização de cálculos bastante complexos, e com regras de negócios diferentes para cada cargo da empresa.

 

Já a evolução do autosserviço em RH trouxe uma série de benefícios –sendo o maior deles a descentralização de processos que consumiam um enorme tempo de Recursos Humanos, como solicitação de férias, por exemplo.

 

RH 3.0

 

Para alguns especialistas, a visão de futuro de RH aponta para uma área totalmente voltada para atividades relacionadas ao desenvolvimento de talentos e à entrega de valor dentro da organização. É claro que, para que isso seja concretizado, as áreas mais processuais de RH devem funcionar com uma alta eficiência. E isso só será possível por meio da automação cada vez maior de processos.

 

Com a chegada de novas tecnologias em Recursos Humanos, como as que aplicam conceitos de robotização, Inteligência artificial, o RH deve dar, nos próximos anos, um salto ainda maior, rumo à automação quase que total dos processos de rotina.

 

 

Os processos de robotização em RH são, hoje, a tecnologia com maior maturidade –seu uso, junto à Inteligência artificial permitem que tarefas operacionais sejam totalmente robotizadas em um futuro próximo –como por exemplo, os processos de contratação (cujo hunting de novos profissionais já pode ser feito por robôs), como também a integração dos contratados (com a gestão dos processos de treinamento iniciais que o funcionário deve fazer ao entrar na organização. E isso abre espaço para que os profissionais atuem de forma mais estratégica.

 

A tecnologia já permite, por exemplo, que o atendimento de RH –principalmente no que tange a serviços mais corriqueiros—possa ser feita pelos bots – robôs criados a partir da inteligência artificial e que conseguem interagir com humanos respondendo questões básicas como: “Onde devo preencher minha solicitação de férias?”

 

O que esperar do futuro?

 

Ainda que a aplicação dos processos de automação possa ser realizada em um número enorme de processos dentro de RH, alguns processos deverão, no curto prazo, sofrer um maior impacto que outros.

 

O primeiro deles é o processo de recrutamento dentro das organizações. Recrutadores hoje têm um enorme desafio: para atingir os profissionais certos, as empresas usam hoje vários canais para recrutamento – as mídias sociais, por exemplo, o que gera uma enxurrada de currículos que precisa ser triada manualmente. Novas tecnologias vão permitir que a varredura desses currículos seja feita de forma automática – desta forma, o recrutador pode se dedicar a etapas mais importantes da contratação, como entrevistas, avaliações comportamentais, entre outros.

 

Outros processos que também deverão sofrer um impacto considerável da automação nos próximos anos são a contratação e o desligamento. A execução das atividades que envolvem a chegada ou a demissão mobilizam não somente o funcionário, como mais de um profissional de RH na maioria dos casos. A automação desses processos vai diminuir a incidência dos erros, e no contexto brasileiro, pode auxiliar as áreas de Recursos Humanos a ficarem em linha com as demandas e prazos de envio de documentação do próprio eSocial, eliminando o trabalho manual e a incidência de erros.

 

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